sexta-feira, 13 de maio de 2011

Otaku - Termo e Tribo


Otaku é um termo originário japonês, usado à partir dos anos 90 para identificar uma pessoa, ou grupo de, fã ou fanático por um determinado assunto. No Ocidente o termo é utilizado para referenciar os apreciadores de animes e mangás.

No Japão o termo se popularizou por conta do humorista e cronista Akio Nakamori, quando o utilizou em seu livro M No Jidai, que conta sobre um assassino em série que mata imitando aos animes e mangás pornográficos que assistia. Deve-se a isso a criação do tabu em torno da palavra, que começou a ser usada de forma pejorativa para denominar qualquer fanático como Otaku.

Já no Ocidente o termo foi consolidado nos EUA, em 1992, graças ao anime chamado Otaku no Vídeo, que narra como é o cotidiano de vários fanáticos por animações japonesas. Este e outros animes e mangás serviram para consolidar o termo, que até hoje é utilizado para identificar seus aficionados.

No Brasil acredita-se que ele foi primeiramente usado entre as décadas de 80 e 90s, pelos descendentes de japoneses, mas com o sentido literal da palavra. A utilização passou a ser semelhante à estadunidense quando a revista Animax o usou no mercado editorial como uma forma de reunir pessoas que tinham o interesse em animes e mangás.

A utilização de tal vocábulo gerou polêmica, dentro e fora de nosso país. Os mais antigos conhecedores não concordaram, pois seu sentido original fora distorcido. E mesmo os simpatizantes das artes nipônicas ficaram dividos, pois uns aceitavam ser chamados de otaku, e outros, não.

Nos últimos anos, os meios de comunicação generalizaram otaku como todo e qualquer um dos estimadores das artes-visuais e literárias orientais, sem respeitar sua posição quanto a isso, pois facilitaria o entendimento de leigos sobre comportamento, moda, etc. desta tribo urbana em seus tele e rádio-jornais, mídia impressa, blogues e outros canais de divulgação.

Hoje há aqueles que aceitam a rotulação Otaku com orgulho e não se importam com o sentido original, já que na verdade representa o que eles são, e alguns não o aceitam, pois preferem ser tratados apenas como fãs de animes e mangás.

Por Felipe Marques, revisado por Guilherme Tassoni.

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